viernes, abril 08, 2016

Novidade

Vera me toma por rival. Eu nunca a vi como alguém que estivesse à minha altura, que possuísse alguma dignidade intelectual para assumir tal posto: meus rivais são generosos comigo, na medida em que me fazem crescer. Não é o caso. Mas a gente não controla mesmo a vida. 

Eu estava a caminho de mais uma batalha e Vera entendeu que eu estava a desafiá-la. No começo senti um pouco de raiva, depois me apiedei porque sou assim, é um ponto intratável (já falei que hora dessas vou ser canonizada). 

Voilá, querida: mostre a que veio. Escrever é tentar entortar a linguagem. É tarefa dura, difícil, machuda. Coisa que você parece saber, já é alguma coisa. Você tomar para sua direção a arma que aponto para outro lado, me dá notícia do seu conceito sobre mim. I appreciate that. Sei, porque acompanho seu traçado com admiração, mas o amor é um melado que acomoda. Topo então esse desafio. 

Escreva sempre que puder. Sou boa na tarefa de recolher significantes. Tipo o cabeleireiro de Ana C. que ao receber a moça em seu estabelecimento lhe disse simplesmente: Je t'écoute.  E, segundo a mesma, fez um trabalho incrível. Estou como quem aguarda, mas não espera nada. Duelemos, pois.

No hay comentarios:

Publicar un comentario