Não existe aridez o bastante para a desse deserto. Um pôr-do-sol nunca me pareceu tão honesto. A luz termina o dia cortando frio a carne da boca como se me dissesse "não há esperança, acabou". É Borges que me acerta o peito dizendo ser a vigília um sonho também, num sussuro. Quase não escuto com o barulho da onda pocando na minha janela, casa de praia. Uma distração qualquer me faz retomar o texto só para ver se não li errado. Não li. É estranho conhecer intimamente um lugar que só se visita depois. É uma espécie de acerto de contas, sem emoção nem nada. O caminho é torpe, mas a verdade é que já estive aqui.
sábado, mayo 21, 2016
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