lunes, febrero 20, 2006

acabou

Antonio

O que sei é que você se foi para sempre. Sei que a vila já não é mais a mesma. Eu já não sou aquela de antes. Eu não existo, Antonio. Não existo como a Sofia que fui um dia. Mas munida de vida eu sigo. Olavo, Maria Eduarda e você, Antonio. Uma saudade tão doída que não fosse a volta à casa, a revolta à casa, jamais teria me tornado o que hoje te encanta. Olha, Antônio que crescer dói demais e se não tomamos cuidado o espaço do corpo fica pequeno para tanto caminho. Escolho o meu, acreditando que também o seu se faz numa escolha original. Escolho o meu caminho, querido, e, assim, escolhendo a minha estrada vou trilhando uma menina que de sempre ser a mesma sobrepõe-se em uma outra! Em uma outra mulher. O seu caminho é de brilho, Antônio e assegurando-me de uma liberdade necessária faço brilhar em mim a força de um olhar: o seu apostador.

Com carinho,
Sua Sofia.

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