Sofia,
Estive ontem com Maria Eduarda. Incrível a irritação que venho sentindo todas às vezes que vou visitá-la. O que acho terrivelmente complicado é a minha dependência à ela. Não, Sofia, não à Maria Eduarda, mas sim ao que ela vem sendo para mim. Percebo a cada dia que o incômodo que me ocupa não é direcionado apenas à você e Antônio, mas agora também a ela. Estou confusa numa mesa de bar. Daqui te escrevo um pouco alta, assim que me perdoe as ofensas que tenho feito. Ebraim, o garçom, tem me dado algum conforto e desde então não consigo me afastar deste botequim simpático pintado de mostarda e madeira. Se você viesse aqui eu poderia te levar até lá e então você compreenderia como a amizade com qualquer tipo de vendedor - principalmente o de cachaças - pode ser nociva. Mas você nunca vem querida...
Com carinho,
Luciana.
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