lunes, diciembre 17, 2007

de casa

A menina ia se aproximando do portão de ferro baixinho de barulho enferrujado. O vento balançava o portão. A menina se aproximava e eu ficava apreensiva sem saber como ela ia comunicar que queria entrar alí. Deu branco, é que eu tenho um bloqueio qualquer em inglês, não sei explicar. Ela soltou um simples: helloooo!
E eu pensei que se fosse na minha cidade a gente gritaria assim: ô de casa! Se bem que nem lá na minha cidade usam mais o ô de casa.
Dificuldade eterna entrar no terreno desconhecido.
Eu ria quando vovó respondia o meu pedido sem saber que ela estava me dando um lugar: 'ô de fora'
Agora eu não quero mais ficar do lado de lá. Já me machucou muito. Você já tá calejada e sabe entrar melhor.
Hoje você venha de fora, minha vó, preu poder ser a de casa.

4 comentarios:

Anónimo dijo...

O ruim é quando a casa se desfaz em ruínas mil... e aí não há como ser de casa nem de fora... ô de casa deixa de ser...
Já fui sem-teto, agora pra mó de viver melhor tenho tratado de construir uma casinha, nem que seja para estar fora dela.

Anónimo dijo...

desolação de tim amia do lado de cá:
não estou ouvindo o retorno!!

L. dijo...

ah, está sim, vai...

Anónimo dijo...

não, não estou a ouvir... talvez haja falência no meu escutar... talvez não falemos a mesma língua... o fato é que não estou ouvindo o retorno...não estou.... não...