sábado, junio 19, 2010

distâncias mínimas II

Hoje Stéfany faltou ao meu encontro. Suspeito que para ela foi muito forte informar à mim sobre minha provável origem como eu faço agora supondo o porquê da falta de Stéfany.
Faltou porque tinha que faltar, ora! - concluo
e decido que, talvez, eu não devesse mesmo me prolongar nas associações sobre eu parecer uma moça de São Paulo com ela.
Como quando eu descobri que era míope, no ponto de ônibus. Longas esperas pelo meu número que, conforme concluí com o auxílio de um doutor, não precisavam serem tão longas se já estivesse de posse das tais lentes.
[registro importante: ia dizer lentas no lugar de lentes]
Pareço me perder na analogia entre a descoberta de minha miopia e a falta de Stéfany. Talvez eu só queria, de novo e mais uma vez, elaborar o momento exato (como se isso fosse possível) de quando comecei a perder minha visão à distância. Tenho feito, atualmente, dessa pesquisa minha causa.

Sobre a falta de Stéfany, já posso concluir algo: na cidade, tornou-se mais difícil, porque menos nítido e novo, supor o que vinha de longe ao passo que lá - do outro lado da vida - não tínhamos essa preocupação.

1 comentario:

Árida dijo...

tive um momento parecido... perdi a visão quando precisei ler psicologia, na faculdade. há pouco tempo descobri que nem óculos pra ler preciso usar.
o médico riu de mim.
...
é a vida. a gente enxerga o quanto pode. na vida de lá eu não podia ver o tanto que vejo hoje.
imagino como ainda somos cegas. amém.