Hoje eu faltei ao encontro de Stéfany. Percebo que será muito difícil um reencontro, que dirá a retomada daquela conversa sobre moças, São Paulo e miopia. Existem possibilidades que ficam situadas no registro das possibilidades apenas. Não sei se faço tanta falta para ela quanto ela fez para mim. Pode muito bem ser que Stéfany nem tenha ido ao meu encontro e eu, narcisicamente, fico a imaginar que na verdade a falta foi minha e que ela sentiu. Vai saber. Concluo que se trata mais de uma de minhas estratégias de antecipação para evitar o sofrimento (como se isso fosse possível). Como quando você diante de uma partida de futebol aceita que seu time vai perder, mesmo sem ter entrado em campo, torce no fundo por sua vitória, mas na aparência não demonstra afinal, pensando racionalmente, o outro time é muito mais criativo, sagaz, tem mais entrosamento, envolve mais, tem mais toque de bola, mais experiência, tem até mais investimento das grandes empresas do futebol, tem mais futuro e tem tudo o mais, cara pálida, contudo não é o seu time. O seu time é aquele no qual você verdadeiramente aposta, apesar da aparente desvantagem.
Torço para reencontrar Stéfany num outro momento. Torço para que o encontro seja bom do jeito que tiver de ser e não do jeito que foi. Mas se Stéfany deixar-se guiar por outros caminhos que não os meus, torço para que ela seja verdadeiramente feliz e que possa fazer outros tão felizes e nutrí-los de esperança e entusiasmo como fez um dia comigo.
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