Se eu pudesse te proteger de mim, diria para você se afastar, primeiramente, do que escrevo, pois tudo o que escrevo são repetitivas tentativas de dizer, da forma mais sofisticada, a falta que o brejo me faz e só.
Se eu pudesse te proteger de mim, diria que sou capaz de vestir saias as mais coloridas e rodopiar por aí e que com a mesma destreza posso tirá-las diante do seu olhar, mas que existem em mim tantos dias de melancolia entremeados desses de alegria e você não merece a parte ruim.
Se eu pudesse te proteger de mim, avisaria para sua mulher te olhar mais atenta, pois sei que há falta dela no seu desvio e homem como você merece todo o amor do mundo
(soube por terceiros que as coisas não vão bem no seu coração de amante)
Se eu pudesse te proteger de mim, diria que eu não havia me apaixonado violentamente, que você entendeu tudo errado, que eu nunca moveria meu olhar em qualquer outra direção que não fosse o brejo.
Eu mentiria duramente para você, se eu soubesse te proteger de todo o meu amor.
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