Enquanto Apolo dorme, très fatigué, de sua última batalha
diuturna para salvar a vida de relutantes, incompatíveis e outros inviáveis,
perco o sono. Penso em Dionísio, embriagado de culpa, que pensa me esquecer por
não aceitar a mulher que posso ser - humana, carnal, nada nada angelical.
Reflito sobre o estado de Beatriz, amante há sete do músico
que por conta de seus excessos passionais fez um sintoma no coração. Os jornais
garantem tratar-se de um mal de família, mas poucos ousarão a verdade. Entre a
vida e a morte, o pobre escolhe um caminho intermediário: vegetal likes. Cada
um com seus problemas, enfim.
Num compadecimento quase histérico, tento reproduzir a angústia da moça, que se tivesse me permitido amizade mais funda, teria a encorajado para sair dessa, abrir um sssssstela - no dente, é claro, machuda. A última foi que Beatriz evaporou
do hospital, mágica, após encontrar com a mãe do infeliz, digo, mulher.
Fantasio que minha heroína japonesa faria melhor: sairia enérgica pelas ruas e
pixaria nos murais da selva o amor demais. Pra quem pode, honey, não pra quem
quer, mora?
Seleciono meia dúzia de poemas que disse por aí aos idiotas,
sem sofisticação literária e me lanço na noite. Feliz. Lucianique eletronique.
Et voilá tudo o que você me diz é que vai me esquecer. Tenta, vê se dá. Nunca concebi um
Dionísio sedento de redenção, ora essa, com problemas de contemporaneidade, fazer o quê?
Na suspeição de um desvio de olhar, me antecipo que não sou
tão boba. Agrego o grupo dos maloqueiros e peço abrigo naquelas palavras sujas,
impassíveis de enterro, porque excessivamente vivas, escorrendo, vazando sem
possiblidade alguma de estancamento. Estou entregue ao bando, abandono.
Faço borda apolínea na cidade de Beatriz, sem ela saber. Sou
dada a generosidade. Desenho forma legal para o amor que se perdeu
espontaneamente, sem direito a aviso prévio.
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