O que eu posso te dizer? Naturalmente, você deve saber, não tenho resposta para tudo. Embora a posição sintomática que frequento, na maior parte das vezes, me leve a tentar encobrir rapidamente o desencontro.
Sim, as coisas não vão nada bem. O real que se mostra pra mim é duro e fascinante. Mal consigo olhar de frente, com medo de ser engolida. É coisa muito grave o que me acontece. Não desejo nem pro meu pior inimigo, como diria Cheib. Outra época, tempo de ruptura.
Se a vida tivesse sido mais generosa com a gente, eu te contaria em detalhes tudo o que eu conseguisse.
O que sei é que com a caminhada e o reviramento da história, algumas vezes, o sentimento vira também, noutras não.
Noutras, com alguma sorte, eu consigo suspender a existência da época e finalmente esquecer, de verdade. Mas, no ponto em que me encontro, estou totalmente imersa numa ultrapassagem importante e quase não consigo ver direito as coisas daqui.
Eu torço pra que algum dia, eu olhe para trás e não me culpe tanto por ter feito o que eu julguei que era certo fazer.
Outro dia conversei com um rapaz que te conhece, alguém que você deu uma dica. Eu consegui dizer pra ele que você tinha razão, porque tinha mesmo quanto àquele assunto. Eu só não consigo perdoar direito a antipatia gratuita, sem nem ter me conhecido, mas compreendo que o seu lugar não era lá muito fácil.
Enfim, qualquer coisa que eu te diga, não vai servir. O caminho é muito solitário. Eu desejo que você se mantenha na vida, que você se mantenha saudável para que, com o tempo, você possa ver a linha que construiu. Força.
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