viernes, mayo 12, 2006

Os colares de Sofia.

Querida Sofia,

A minha fragilidade é pontual. Escrevo desse lugar infernal e amado ao mesmo tempo: a cidade onde crescemos. Não pude deixar de escutar a conversa na mesa de suas amigas em uma noite por aqui. Falavam de seus novos colares. Diziam da beleza deles, da quantidade e das cores. Maria Eduarda não era presente mas é bem possível que ela se manteria reservada e pensativa como sempre em seu posicionamento. Maria Eduarda é uma mulher de calças. Gosto de você, menina, pelas suas saias, pelas suas cores, pela beleza e sobre a quantidade de colares e apetrechos não me interesso. Na firmeza de minha palavra aponto para a incerteza de nosso encontro e te digo que isso também é ser viril. À mim não me agride o seu desencanto. Eu até que gosto. Cabe dizer que você se torna mulher não pelos colares, mas pela fragilidade que é sua e que sendo bem utilizada te faz, Sofia, forte.
Com carinho,
Antônio.

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