jueves, mayo 11, 2006

tombé par terre.

Antônio,

Folgo em saber de tua próxima partida. O desespero de antes já não me ocupa mais e poder descartar com alguma segurança essa relação me acalma. Se você não soube me dizer o que tem de novo eu aproveito para responder a você que é o retorno da mulher ao controle. E repare com atenção que se trata de um re-torno. Thor insiste em comparecer e minhas pernas não resistem em segurá-lo. Thor vaza. Aviso que desde a organização de sua vida passei a nutrir um desinteresse manso por esses ares. E não caia você na fragilidade de tentar tornar a ser o que era. Isso não sustenta e, ademais, Caia significa “nome de mulher”. Permaneça, homem, na firmeza e virilidade que lhe cabem. Não caia na fragilidade, Antônio. Eu agora preciso de você para poder descartá-lo ao meu bel-prazer. A sua fragilidade evoca em mim a maternidade, que por sua vez me põe vulnerável. Assim, Antônio, permanecemos ligados por esse maldito laço. E se, aqui, cabe a mim o exercício do poder eu te peço, mais do que isso, ordeno, Antônio, que você não caia na fragilidade.
Na minha fragilidade.

Sofia Dufour.

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