lunes, junio 11, 2007

A cortesã pós-moderna.

Dissoluta. Mulher, filha do diabo. Como pode passar de cortejada a cortesã, que idéia meteu na cabeça. A cabeça, meteram-lhe foi a cabeça, aí tudo mundou. Luxúria é teu nome. Lu-xuria, presta atenção, mulher sem piedade. Cuida pra que não te façam o mesmo. Deu dignidade ao cortejador. Te incomoda? Incomoda eu dar poder àquele que lhe tem por direito? Vocês não querem o jogo? A máscara? Eis-me aqui. Não tenho ódio não, tenho amor demais. Pode vir quem quiser, todo tipo de mal-amado, todos os corações partidos, homens esposos de suas mulheres piranhas. Sim, senhor, piranha são vocês que tiram a dignidade daqueles que a escolhem para cortejá-las. Fazem do homem um maricas, um frouxo. Aqui a história é outra. Ensinam aos rebentos a bananice plena e é a mim que chamam filha do diabo? Francamente.
Tinha crescido no interior, era nova, nunca matou ninguém, gostava de dar comida aos que passavam mendigando pois tinham fome. De família religiosa, cresceu na igreja, sabia a bíblia de cor e salteado. Prendia o cabelo em trança, parecia mais uma irmã nossa, mas não era. Machucava a gente o fato de ser muito bonita e bondosa. Agredia-nos sua dadivosidade. A gente espetava, agourava e explorava a imbecil, mas ela não ligava: "Eu vim para que todos tenham vida e a tenham em abundância" - respondia.

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