lunes, septiembre 08, 2008

Hilda Hits

Foi o nome que o vendedor de livros processou quando disse que gostaria de ver alguns livros dela. Obviamente, não constava na sua listagem. A Hilda nunca quis ser um hit. A Hilda, na verdade, eu penso, queria por demais ser um hit. Explico, quando ela diz que tinha alguma alegria de saber que escrevia bem, mas que gostaria, afinal, de ser lida. Não queria ficar no limbo. Gente, ninguém quer. Gente, é muita coisa. E eu aqui no chão vendo os meninos do lh ao vivo no cine íris com aquela população, aquela cabeçada berrando o seu quem sabe o que ter e perder alguém? É bonito de ver. Arrepiante. Mas, não dá mesmo para imaginar uma cabeçada, uma população berrando sobre Deus? Uma superfície de gelo ancorada no riso. É diferente, é diferente, vá vendo. Quando disse que me esforçava pra não parecer cafona, não disse que não estava sendo. E, no entanto, depois da dança, depois do fim do medo e da esperança, lembro-me daquele professor inteligente que estudou a fundo o polonês. Eu invento, às vezes, palavras que se parecem ao polonês. Eu vi que Maria Eduarda se interessou pelo o que eu disse mesmo que numa oposição. A gente lê essas coisas faz algum tempo. A gente se importa? Pedir Senhor, livrai-nos dos abestados e dos atoleimados aqui se equivale a Senhora D., Senhora D. as suas obsessões metafísicas não nos interessam. Aí o problema de agradar tantos ao mesmo tempo. Não é novidade o que eu digo. Outros já disseram. Eu sempre desconfio quando há superpopulação de fãs. Mas não vá me dizer que ambos não vão ficar para a história? Ficar pra poucos ou pra muitos, a história é uma só, sendo tanta coisa ao mesmo tempo. Quem suporta ser um sucesso? Suporta ser um sucesso. Era mais fácil se eu não tivesse me aborrecido e saído estarrecida da livraria. Era mais fácil corrigí-lo: É Hilda Hilst, idiota, Hilst. Mas, tudo bem, eu preferi escrever.

Senhor, livrai-me do meu mau-trato com este ser de linguagem

Eu digo, DE LINGUAGEM.

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