Por mais que você dê mil e uma voltas, saiba que por aqui não há vagas.
Praia do canto, quem não te conhece que te compre. Seus abastados nativos já o sabem. Deixemos o tumulto para os emergentes de Teixeira (argh) esses senhores não param de chegar desavisados.
Enfim, só vim mesmo por conta de Vânia "oitodias" e sua habilidade incrível para pinçar. Agora de óculos e cabelo cacheado. Desistiu do alisabel. Que bom que você voltou, Vânia, promete que fica que te prometo amor eterno. Se você ficar, nunca mais entregarei minhas sombrancelhas ao método dito moderno, aquele que consiste em esfregar a face da cliente numa parede de chapisco e fazer ela crer que a dor justifica toda beleza. (Deus do céu, quanta coisa bizarra se faz em nome da modernidade?)
À propósito, oitodias me lembrou da última vez em que nos vimos quando, na ocasião, eu estava de viagem marcada para São Paulo.
Fui parar naquela festa onde tive a oportunidade (?) de conhecer modernosos jornalistas, artistas, arquitetos, emplumados paulistanos. Um meio onde fazer análise é considerado cult. Pobre dos analistas dessa gente com a incrível capacidade de transformar um método potencialmente subversivo em um mero objeto a ser consumido. Vade retro. Eu me perguntava, ali naquele sofá, alheia a toda sorte de bobajada que diziam com ares de superioridade, onde daria aquilo tudo.
Nessa hora Cecília me acordou, mal educadamente, falando sobre o táxi na porta. A casa precisava ser desocupada. Eu era expulsa de um lugar onde não queria estar - era trágico e divertido.
Ser mulher é assim: você reflete numa questão profunda ao mesmo tempo se decide pelo esmalte rosa retrô coleção penélope charmosa da risqué.
O que eu mais lembrava no sofá era da época em que eu podia dizer isso é bom e isso é mau, isso é feio e isso é bonito, sem parecer precária. Quanta saudade.
Diferente do tempo de agora, tempo de fingir que não acredito no maniqueísmo de todas as coisas, que não acredito em zero e um, que não acredito em claro e escuro,
que não acredito
que não
acredito que
não
acredito
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