jueves, septiembre 29, 2016

Fênix

Quando o espelho balança eu não sei o que me dá, não sei o que falar, não sei se finjo que não te vi, não sei onde colocar minhas mãos. 

Não. Eu sei sim. Eu vejo a ilusão. Eu sei da ilusão e sei que a ficção faz a ilusão da caminhada. O próximo passo. Eu fico um pouco cansada da gente. Então me perco. Me erro toda. Coloco a blusa do lado contrário. Esqueço o absorvente. Tomo uma limonada artesanal aromatizada com canela junto da porteña que conheci por ali mesmo, que é ninja do deserto no que faz e acha o meu trabalho consistente. 

Eu lembro de um chefe que tive e que achava que eu não iria muito longe. Ou será que porque justamente achava o contrário, me lançou um voto de fracasso na expectativa de eu não vingar? Eu envergo, mas não quebro. Insisto letradona, porque aprendi nova que essa vida é um caderno definitivo. Parece até aquele quadro do fantástico: "você só tem uma chance". Ah, depois! Depois ninguém voltou pra dizer. Depois é só silêncio. Não dá pra economizar nessas horas, sabe? 

Eu não vou te julgar pelos seus atos, palavras e omissões. Ou por sua culpa, sua tão grande culpa. Eu toco o álbum que mais gosto do smoov-e no meu carro e vou que vou. Não tenho mais tempo pra me ofender.

No hay comentarios: