domingo, julio 17, 2011

larissa

Não sou Jose, nem nada próximo à musa inspiradora de Rei, mas eu também fui cantada em verso. Outra música, agora sei. Quase sem tempo para me crer musa, ocupada que ando com a busca por Il - que me ignora e me desacata sem o menor pudor. Mas voltando algumas páginas que já se amarelam pelo tempo pude me encontrar em sua letra.
Darling, estou tão obcecada, desde lá, talvez, desde muito antes. E me ocorre de pensar se devo te agradecer, assim, atrasada, pelo gesto generoso de permitir a mim me ver ou se é seu o dever - objeto que me prestei. Devo dizer que não gostei do nome que você me deu. Prefiro muito mais o meu, completo, alongado agora e cheio de remendos sempre.
Estou seca, sem jeito e um pouco cansada diante da fome de Il, que não se satisfaz nunca.
Estou sozinha, coração. E se você olhar com calma, se reparar, está também, está tão bem. Todos estamos.
Entendo você não se apaixonar por mim, mas por minha busca (,) por Il.
Importa casar ilusões nessa terra de ficção?
Agradeço esse nome horroroso que você me deu.
Permite ver que posso ser outra,
que posso ser muitas,
que posso ser todas
as mulheres
(feias ou musas)
de Il.

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