Meu amor, finalmente descobri porque botei na função repeat a faixa Jornal de Serviço do disco da Adriana: ficou cansativo ler sozinha, ficou chato ler sem outra voz.
Nem acho boa a história da bela adormecida. Petizenta, a coitada. Aquele desmaio ali, sei não, pura cena, pura pirraça, vai...But, voz de papai me subornava e nem achava tudo tão ridículo assim.
Coloca voz aqui, coração. Puro logro de amor, mas e daí?
Ninguém pode atravessar um deserto inteiro sem pelo menos uma única alucinação.
antena um, cbn on ou até mesmo franceculture.com
não me acalmam mais
e só me levam ao mesmo ponto
Through the morning
As I'm listening
To the bells
Of the cathedral
I am thinking
Of your voice...
3 comentarios:
também estou trabalhando a voz, de algumas formas no texto, procurando uma sinestesia, quem sabe a dose de delírio seja isso no texto, embora me pareca que ela se estabeleça mesmo pelos próprios deslizes gramaticais, com algo objetivo. voltei a ler teu blog, por causa de um post que li uma vez, onde vc procurava um livro de hilda hilst. existem muitas vozes nele, que interpelam a narrativa, sendo no entanto usadas por ela, talvez para pensar sobre o que está sendo escrito ou mesmo poder olhar o que está contado de outro lugar. é uma autobiografia excelente, em pequenas doses de não revelações de segredos óbvios (o melhor do fato de escrever). talvez um dia a "grande literatura" aceite os blogs como um suporte diferente do livro, tão bom que já não tem a pretensão de ser melhor que ele.
obrigada, elton.
Acho que vou me decidir pela autobiografia mesmo. Os exercícios têm me mostrado essa veia e eu gosto da brincadeira de esconde-mostra.
Eu queria poder ler o seu texto tão bem quanto você faz com o meu. Ajuda muito, querido.
Obrigada mais uma vez pela generosidade.
L.
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