Acordei com o barulho seco de um tiro e falando: “Já vou”. Recordei estar saindo de um sonho bom com você, que era meu vizinho e que resolvia me visitar para pedir alguma coisa emprestada - já não sei mais o que era. Não importa. No sonho era evidente a sua falta de jeito para se aproximar e, ao mesmo tempo, o seu desejo de estar comigo. Pedia para que eu não me entristecesse por não ter sido convidada para a tal festa que você se aprontava todo para ir. Eu refletia que não teria sido convidada, porque nunca topei fazer toda aquela cena glam. Na verdade, era um alívio não ter sido convidada, exceto pelo fato de que você iria se afastar mais uma vez. Na saída, eu te dava um beijo pueril na boca. Só um armário separava a gente do meu pai que fingia não escutar minha precocidade para o amor. Depois do beijo, você dizia para mim: “então, já vou”. Eu repeti o resto de sua frase ao tiro de realidade: “Já vou” que não sou mulher de abandonar o meu cangaço.
lunes, enero 09, 2012
maria bonita perde a hora no seu retorno de férias ao trabalho
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